Durante a missa de celebração de um ano da morte da ex-primeira-dama Marisa Letícia, o petista pontuou mais uma vez que se sente injustiçado e que a condenação de 12 anos e um mês de prisão por corrupção e lavagem de dinheiro são mais uma prova disso.
"Vou recorrer com a mesma tranquilidade que sempre tive apostando na Justiça. Mas com a coragem de dizer que dentro da Justiça tem gente muito boa, mas tem muita gente mau caráter, de má fé. E essas pessoas não merecem ser juízes", disse Lula.
Para o ex-presidente, muitos magistrados vêm agindo como "dirigentes partidários", e que a sua resposta não virá com o "ódio" que tais juízes estariam demonstrando contra ele. E aproveitou para fazer uma previsão a seu favor.
"Se votaram com ódio, votaram contra um homem que tem muita paz. E vou matá-los de ódio justamente por não ter ódio. Vou vencer. É uma questão de tempo", destacou, adicionando ainda que "nada para uma pessoa de 70 anos pode causar medo".
De acordo com Lula, a condenação aplicada pelo TRF-4 "está baseada em um mentira", e se ele a respeitasse "não teria coragem de olhar na cara da minha bisneta". "Essa perseguição que está acontecendo a mim, ao PT, aos movimento sociais e à esquerda é a razão pela qual luto", continuou.
Emocionado ao falar da mulher, Lula destacou que Marisa Letícia "não foi uma mulher que teve um momento de facilidade em sua vida", e que ela do céu ("se existir, ela com certeza está lá") envia uma mensagem clara ao petista: "Não pare. Não se desespere".
Aos que não lhe querem bem, o ex-presidente ainda reforçou que a sua luta está longe do fim e que ele ainda possui muitos objetivos pela frente.
"O pernambucano que não morre até os 5 anos passa dos 90 anos. E eu estou com vontade e com a energia para viver pelo menos até 90 anos, para ser contribuinte para a reconstrução democrática do país e para que os pobres voltem a ter seus direitos", afirmou.