"Essas reportagens não são verdadeiras", negou o escritório de informações do Ministério em declaração à imprensa.
O jornal sul-coreano Chosun Ilbo informou na segunda-feira que cerca de 30 mil soldados chineses foram transferidos para a fronteira após se prepararem para uma possível guerra. Novos sistemas de defesa contra mísseis também estariam sendo implantados "próximos aos reservatórios norte-coreanos pelos rios Apnok e Duman". O Gabinete de Informação do Ministério da Defesa da China negou ambas as alegações.
A reportagem do Chosun Ilbo baseou-se em informações obtidas durante entrevista com uma fonte do alto-escalão da Coreia do Norte. A fonte disse que as implantações começaram no final de 2017. "As tropas chinesas na área da fronteira poderiam ser varridas se o Norte derrubasse as margens dos reservatórios ou fossem destruídos por mísseis ou ataques aéreos", relatou Chosun Ilbo.
"Esperamos que a tensão seja aliviada ea paz e a estabilidade sejam garantidas na península coreana",completa o comunicado.
Posição controversa
Se autoridades diplomáticas negam as alegações da mídia estrangeira, internamente a situação não é a mesma. O PLA Daily, considerado o jornal porta-voz da Defesa chinesa, publicou um artigo em que alertava: "a guerra não está longe de nós".
"As situações regionais em torno da China são complexas e instáveis e os perigos estão escondidos sob a paz. A China não pode pagar por um fracasso militar, por isso devemos estar plenamente conscientes das possíveis crises e estar preparados para a batalha o tempo todo", acrescentou o principal jornal militar do país", afirmava o texto
O jornal sul-coreano Daily NK já noticiava desde o início do ano quanto a presença de dezenas de caminhões militares descobertos a caminho da fronteira norte-coreana. Os civis ficaram aparentemente atordoados pelo tamanho do comboio que passou pela Província de Yanji em direção à fronteira norte-coreana. Os carros viajaram à noite para não chamar atenção.
"Havia tantos caminhões que causou congestionamento na estrada. Nunca houve uma situação como essa antes de onde tantos caminhões estiveram presentes na área de Yanji perto da fronteira", disse o Daily NK citando uma fonte.