"Sua voz não tremeu quando eu o avisei: 'Estão te atacando! Sai daí! Arfa, arfa! Manobra!'", contou o piloto. Segundo ele, Filipov respondeu calmamente: "Fui atingido… Atingido a sério… Fogo no motor direito… Vou para sul… O esquerdo também está parando… Chama a equipe de busca e resgate."
O piloto explicou que o voo sobre a zona de desescalada de Idlib é uma tarefa rotineira, mas de combate. Lá, nas áreas controladas pelos terroristas da Frente al-Nusra (organização proibida na Rússia), há regularmente tiroteios desordenados com morteiros e armas ligeiras. Esta missão era de combate.
"Quando o sistema portátil de mísseis antiaérea disparou contra o aparelho do comandante, todas convenções foram jogadas fora. Sempre dei cobertura ao comandante no ar, tinha que o fazer quando ele estava no solo, quando já entrou em combate. Fiquei nesta área e realizei vários ataques contra veículos que estavam se aproximando do olival onde Roman estava. Destruí dois carros", disse o piloto.
Filipov foi atacado com um sistema de mísseis antiaéreos enquanto pilotava um Su-25 sobre a zona de desescalada de Idlib. A região ainda está controlada por terroristas. Ao ser atingido, o piloto conseguiu se ejetar e ficou cercado por terroristas. Filipov não quis se render e se fez explodir com uma granada. Ele recebeu o título de Herói da Rússia, o mais honroso do país.