Segundo comunica o jornal Krasnaya Zvezda das Forças Armadas da Rússia, em 6 de janeiro, apesar da ausência de chuvas fortes, o nível de água no Eufrates aumentou vários metros de repente, e a velocidade do fluxo duplicou. No dia seguinte, a ponte caiu.
"A investigação, realizada por especialistas sírios, mostrou que a mudança drástica aconteceu com a abertura premeditada das comportas da usina hidroelétrica Tabqa, que está localizada na área das formações de oposição, que são controladas pela 'coalizão internacional' liderada pelos EUA", nota o jornal do Ministério da Defesa da Rússia.
De acordo com especialistas sírios, não havia necessidade de diminuir o nível de água na usina. Consecutivamente, as comportas podem ter sido abertas para "impedir reforço do governo sírio na margem oriental do Eufrates", sublinhou o jornal.
Em entrevista ao serviço russo da Rádio Sputnik, o especialista em assuntos do Oriente Médio, Grigory Lukiyanov, opinou sobre quem pode estar envolvido na destruição da ponte.
De acordo com ele, a tática de destruição de instalações através da criação artificial de catástrofes técnicas já foi aplicada algumas vezes pelos aliados do Daesh para melhoramento de suas próprias posições.
"É exatamente esse grupo que está menos interessado na restauração econômica e social da região", concluiu o especialista.