"O mundo apoiaria as Forças Armadas em Venezuela, se decidissem proteger as pessoas e restaurar a democracia removendo um ditador", escreveu Rubio, senador pelo Estado da Flórida.
The world would support the Armed Forces in #Venezuela if they decide to protect the people & restore democracy by removing a dictator
— Marco Rubio (@marcorubio) 9 de fevereiro de 2018
"Os soldados comem fora das latas de lixo e suas famílias ficam com fome na Venezuela, enquanto Maduro e seus amigos vivem como reis e bloqueiam a ajuda humanitária", continuou o republicano, que foi um dos derrotados nas primárias pelo presidente dos EUA, Donald Trump.
Soldiers eat out of garbage cans & their families go hungry in #Venezuela while Maduro & friends live like kings & block humanitarian aid
— Marco Rubio (@marcorubio) 9 de fevereiro de 2018
"Quando a tirania se coloca, a rebelião é um direito. Bolívar".
“Cuando la tiranía se hace ley, la rebelión es un derecho”. Bolivar
— Marco Rubio (@marcorubio) 9 de fevereiro de 2018
Os tweets de Rubio vieram depois que o secretário de Estado dos EUA, Rex Tillerson, sugeriu na quinta-feira passada o apoio de um golpe de estado na Venezuela, bem como mais sanções, incluindo um embargo às valiosas exportações de petróleo da Venezuela.
A administração do Trump busca aumentar a pressão sobre o governo socialista do presidente Nicolás Maduro, na sequência de supostos abusos de direitos humanos contra dissidentes políticos no país.
"Na história da Venezuela e dos países da América do Sul, muitas vezes os militares são o agente da mudança quando as coisas são tão ruins e a liderança não pode mais servir às pessoas", disse Tillerson na Universidade do Texas, em Austin.
Respondendo às declarações de Tillerson, Jorge Arreaza, ministro venezuelano de Relações Exteriores, escreveu: "Nossa democracia soberana não obedece às pressões imperialistas, obedece a pessoas livres".
"O giro de Tillerson, aparte da confirmação de lealdades carnais com algumas elites governantes para D. Trump, não foi mais uma demonstração da obsessão e as ameaças contra a Venezuela. Nossa democracia soberana não obedece às pressões imperialistas, obedece a um povo livre", pontuou.
La gira de Tillerson, aparte de confirmar lealtades carnales de algunas élites gobernantes hacia D. Trump, no fue más que una demostración de la obsesión y de amenazas contra Venezuela. Nuestra Democracia soberana no obedece a presiones imperialistas, obedece a un pueblo libre
— Jorge Arreaza M (@jaarreaza) 8 de fevereiro de 2018
Já o ministro venezuelano da Defesa, Vladimir Padrino López, reafirmou esta semana em uma declaração de que as Forças Armadas Bolivarianas são leais a Maduro e não aceitarão "que nenhum governo ou poder estrangeiro intervenha em nosso país".
A Venezuela está programada para ter eleições presidenciais no dia 22 de abril, após a negociação da mediação entre o governo de Maduro e uma coalizão da oposição ter fracassado na quarta-feira.
Em janeiro, Rubio instou o presidente Donald Trump a adotar sanções contra Diosdado Cabello, importante aliado de Maduro. O senador da Flórida também apoia que a oposição boicote as eleições, que muitos países já adiantaram que não reconhecerão.