"A implantação de mísseis balísticos de curto alcance na região de Kaliningrado representa uma ação infeliz e desestabilizadora devido às suas capacidades ofensivas e à proximidade de vários aliados da OTAN […] Continuaremos a monitorar quaisquer implantações potenciais e avaliaremos de acordo", disse Baldanza.
A implantação dos sistemas de mísseis em Kaliningrado não viola quaisquer tratados bilaterais entre os Estados Unidos e a Rússia, observou a porta-voz do Pentágono. No entanto, tais ações contribuem para aumentar as tensões entre a Rússia e seus vizinhos, acrescentou Baldanza.
Vladimir Shamanov, chefe do comitê de defesa da câmara baixa russa, posteriormente confirmou a informação.
Comentando a implantação dos sistemas de mísseis Iskander em Kaliningrado, o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, disse na terça-feira (6) que Moscou não ameaçou ninguém, observando o direito soberano da Rússia de colocar armas em qualquer lugar do seu território.
A possibilidade de implantação de sistemas Iskander na região de Kaliningrado em resposta à implantação de sistemas de mísseis da OTAN na República Tcheca e na Polônia foi inicialmente expressa em 2008 pelo então presidente russo Dmitry Medvedev, que atualmente ocupa o cargo de primeiro-ministro.
Ao longo dos últimos anos, os Estados Unidos e a OTAN aumentado a presença militar na Europa Oriental e nos países bálticos, citando a necessidade de proteção contra uma suposta agressão russa.
Moscou afirmou repetidamente que a Rússia nunca planejou atacar nenhum Estado membro da OTAN. O ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov, disse que a OTAN reconhece isso, mas usa o pretexto de uma suposta agressão russa para implantar mais equipamentos e batalhões ao lado das fronteiras russas.