Segundo Nouriel Roubini, professor da Universidade de Nova York, o bitcoin é "a mãe de todas as bolhas" apoiada por "charlatães e vigaristas", escreveu Angela Monaghan para o jornal The Guardian.
Em geral, o bitcoin perdeu mais de metade de seu valor desde que alcançou seu máximo de cerca de 20.000 dólares (R$ 66.000) em dezembro do ano passado. Segundo Roubini, a forte queda é o início de um colapso que vai fazer cair o valor da moeda digital "até zero".
A autora do artigo sublinhou que o bitcoin e outras moedas digitais enfrentam uma forte reação global dos reguladores e governos. O ministro das Finanças da Índia anunciou que o país não reconhece as criptomoedas como moedas legais e que seriam tomadas medidas contra seu uso no financiamento de "atividades ilegais".
Ao mesmo tempo, os reguladores norte-americanos estão investigando a bolsa de criptomoedas Bitfinex e a moeda digital Tether para revelar se sua moeda, que se utiliza para o comércio digital, é realmente apoiada por dólares como se afirma.
Steven Mnuchin, secretário do Tesouro dos EUA, advertiu que o bitcoin tem todas as caraterísticas necessárias de ser a próxima "conta bancária suíça" para a lavagem de dinheiro.
Os legisladores e reguladores realmente estão preocupados. "Praticamente todos os políticos do G20 falam de uma campanha repressiva", disse Roubini à Bloomberg. O analista acrescentou que 1.300 cirptomoedas que atualmente existem são "uma fraude". A maioria delas é ainda pior que o bitcoin e não tem nenhum valor intrínseco.
O bitcoin tem todas as caraterísticas de uma bolha especulativa clássica que poderia estourar, como a crise imobiliária nos EUA que desencadeou a crise financeira mundial, advertiu a autora com referência a vários críticos.
O bitcoin não é reconhecido por nenhum banco central e atualmente permite iludir os bancos e métodos de pagamentos tradicionais para pagar por bens e serviços. Entretanto, os reguladores e instituições estão considerando como responder a este desafio digital.