Segundo o diplomata, ele soube das afirmações de Putin de um colega seu e mentiu para não comprometer o verdadeiro participante do encontro. Após a confissão, Zijlstra decidiu deixar o cargo.
Mais tarde, foi informado que além de inventar um encontro com Putin, o ex-chefe da diplomacia holandesa interpretou mal as palavras do líder russo.
Ex-dirigente da petrolífera Shell, Jeroen van der Veer, afirmou que foi ele quem participou do encontro com Putin e afirmou nunca ter dito o que Zijlstra falou sobre a ideia expansionista do presidente russo. De acordo com Veer, Putin disse que "historicamente a 'Grande Rússia' é maior do que a Rússia atual", mas Zijlstra interpretou como o desejo de Putin de influenciar nos territórios ex-soviéticos.
Segundo um comunicado da embaixada, as tentativas de atribuir à Rússia "ambições da Grande Rússia" são infundadas e só podem vir "daqueles que estão interessados em mostrar a Rússia como um inimigo […] e que está expandindo a infraestrutura da OTAN para o leste, provocando um confronto militar".
Em 14 de fevereiro, Zijlstra deveria ter se encontrado com seu homólogo russo, Sergei Lavrov, mas devido ao incidente a reunião foi adiada.