"Vários deputados nos EUA, por exemplo, pensam que um diálogo com a Coreia do Norte deve ser estabelecido agora, então vejo possibilidades de diálogo entre a Coreia do Norte e os EUA", disse Woo a repórteres.
Ao mesmo tempo, o embaixador sul-coreano indicou que os EUA e o Japão vêem "as mudanças da posição atual da Coreia do Norte como resultado da pressão das sanções".
Woo explicou que "nos EUA, alguns destacam que o efeito das sanções está exposto", acrescentando que "é por isso que a Coreia do Norte tenta evitar sanções e está disposta a dialogar".
Os EUA e a Coreia do Norte formalmente se encontram em estado de guerra após o conflito militar na península, que durou entre 1950 e 1953 e que terminou com a assinatura de um armistício.
Até hoje, Washington recusou propostas para assinar um tratado de paz com Pyongyang.
De acordo com o Pentágono, os EUA mantêm aproximadamente 25 mil soldados na Coreia do Sul desde o final de setembro passado.
A Coreia do Norte, por sua vez, reforça há anos seu arsenal nuclear e balístico diante da "ameaça dos EUA", apesar das drásticas sanções do Conselho de Segurança da ONU.
Sem mísseis
O embaixador sul-coreano também falou sobre a possibilidade de implantação de novos componentes no sistema de defesa antimísseis dos EUA no país, o THAAD, que já se encontram na Coreia do Sul.
De acordo com Woo, tal possibilidade não está no horizonte em Seul.
"Tanto quanto eu sei, não há planos para a implantação de [novos] componentes", disse o embaixador aos jornalistas.
O embaixador acrescentou que "todos os planos para a implantação do sistema de defesa antimíssil dos EUA visavam a defesa contra a Coreia do Norte, e não dizem respeito à Rússia".