A comunidade Vardo, no Ártico, que é considerada o lar do radar de vigilância Globus II.
Além do radar norte-americano Globus II, os residentes criticam o sucessor Globus III. Eles argumentam que o seu tamanho vá ser maior e mais imponente do que planejado, informa a emissora nacional NRK.
"Não acho que isso faça sentido algum. O radar parece quase invisível no papel, mas, na realidade, será pelo menos igual ao Globus II", reclama Frank Steinar Eines, residente local, para a NRK.
O novo radar está localizado a apenas 28 quilômetros da Rússia e levantou muita crítica, no passado, por fazer parte do controverso escudo de mísseis dos EUA. De acordo com documentos dos EUA, o objetivo do radar é passar informação sobre qualquer ameaça espacial. Mas, segundo seu próprio website, o sistema de vigilância Globus é uma ferramenta de reconhecimento para as Forças Armadas da Noruega.
No entanto, em Vardo, há uma grande insatisfação pela falta de informações sobre o novo radar. O segredo aumenta o receio de que as autoridades estejam ocultando riscos à saúde e outros perigos.
"Isto é ridículo. Se é segredo, a CIA está envolvida. Não sabemos de nada. Tudo o que sabemos é que estão trazendo um novo radar que afirmam não ser perigoso. A informação foi manipulada", reclama Vegard Bangsund, outro residente local.
Segundo a NRK, muitos residentes, mesmo insatisfeitos, recusam ser entrevistados, já que o radar proporciona muitos empregos para a comuna da Noruega, que tem uma população de 2.100 habitantes.
No entanto, apesar das boas-vindas à economia, o prefeito Robert Jensen, de Vardo, também critica a informação fornecida.
"A informação poderia ser mais precisa. Como vemos hoje, [o radar] é maior do que o apresentado no plano inicial", disse Robert Jensen.
Atualmente é administrado pelo Serviço de Inteligência da Noruega e operado pelos próprios noruegueses. Sua missão principal é "monitorar movimentos no espaço aéreo do mar de Barents e outras áreas de interesse no Norte".