"Um grande júri federal no Distrito de Columbia retornou uma acusação em 16 de fevereiro de 2018 contra 13 cidadãos russos e três entidades russas acusadas de violar as leis criminais dos EUA, a fim de interferir nas eleições e nos processos políticos dos EUA", afirma o comunicado.
O Escritório de advogado especial, Robert Mueller, emitiu uma acusação contra a Internet Research Agency LLC, afirmando que a organização russa se comprometeu em operações para interferir nas eleições de 2016, juntamente com a Concord Management Consulting e a Concord Catering.
Os réus intencionalmente conspiraram uns com os outros para defraudar os Estados Unidos, minando o processo democrático no país, acrescentou o documento judicial. Os cidadãos russos se comprometeram em organizar comícios e pagaram norte-americanos para participarem de atividades políticas e promoverem campanhas.
Ainda segundo o departamento, os réus pretendiam distorcer as eleições de 2016 promovendo o candidato republicano Donald Trump em detrimento de sua oponente democrata, Hillary Clinton.
"Eles se envolveram em operações destinadas principalmente a comunicar informações depreciativas sobre Hillary Clinton, para depreciar outros candidatos como Ted Cruz e Marco Rubio, e apoiar Bernie Sanders e o então candidato Donald Trump", observou o documento.
A operação teve um orçamento mensal de mais de US$ 1,25 milhões para sua campanha de influência, como a compra de propaganda política nas redes sociais e o envio de cidadãos russos para os Estados Unidos para obter informações, de acordo com a apresentação do tribunal.
Os Estados Unidos acusaram repetidamente a Rússia de interferir nas eleições presidenciais de 2016 e a equipe de Mueller está investigando alegações de conluio entre a Rússia e a campanha de Donald Trump.
O presidente Donalda Trump refutou, nesta sexta-feira (16), as novas acusações e afirmando que os dados apresentados deixam claro que o tempo da suposta interferência não condiz com o de sua campanha.
O porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, chamou as alegações de infundadas, enquanto o ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov, sublinhou que nenhuma evidência foi produzida para fundamentar tais alegações.