Geólogos desvendam se 'inverno vulcânico' é ameaça mortal para Japão

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Erupção vulcânica (imagem ulustrativa) - Sputnik Brasil
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Recentemente geólogos anunciaram que o Japão poderia ser totalmente destruído por atividade do supervulcão que contém 34 km³ de magma. Isso significa que os japoneses devem evacuar imediatamente ou que o cataclismo poderia acontecer daqui a centenas de anos?

Erupção vulcânica - Sputnik Brasil
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Para esclarecer a situação e não provocar pânico, os especialistas dão uma resposta mais detalhada sobre o assunto.

Primeiramente, o cientista da Universidade de Kobe, Tatsumi Yoshi, afirmou que os geólogos começaram a analisar a atividade desse vulcão subaquático não pela presença de qualquer ameaça corrente, mas apenas devido a sua antiga erupção que aconteceu há 7,3 mil anos que eliminou toda a civilização no sul do Japão.

Assim, ele afirmou que até o momento, cientistas não detectaram qualquer ameaça de erupção vulcânica.

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No seu estudo recém-publicado, confirmaram que a possibilidade do pior cenário acontecer é de apenas 1%. Ao mesmo tempo, os geólogos avisaram que é necessário examinar o mais rápido possível a atividade do vulcão.

Para não deixar os leitores perplexos, Yoshi explicou que os processos de erupção são muito complicados. Às vezes, o início da catástrofe não pode ser previsto, o que põe moradores em grande perigo. Por tanto, vale a pena estudar possíveis cenários, sendo que a "erupção pode acontecer até mesmo amanhã".

Entretanto, o especialista sublinhou que em comparação com vulcões terrestres, seus 'vizinhos' subaquáticos "produzem atividade mais intensas, pois neles também ocorrem explosões magmáticas de vapor".

Ao falar sobre fatores que influenciam e podem causar atividade vulcânica ou despertar vulcões adormecidos, o geólogo explicou o que de fato pode provocar uma catástrofe desse tipo.

"Não acho que aquecimento global ou testes nucleares da Coreia do Norte influenciarão a atividade vulcânica. Aqui, o maior impacto é exercido pelo estado de estresse da crosta terrestre", explicou.

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Ademais, o cientista adicionou que os recentes terremotos, um dos quais atingiu Japão em 2011, podem mudar o estado da crosta terrestre.

Este conjunto de fatores "cria uma oportunidade para ativar a atividade vulcânica na região, como ocorre no caso de uma garrafa de champanhe, da qual a rolha é retirada".

Ao mesmo tempo, o sismologista russo Aleksei Lyubushin prestou atenção ao fato que o despertar de um vulcão é um processo lento e bastante longo que "pode durar alguns dias ou até mesmo meses". Assim, a população terá muito tempo para se preparar ou evacuar.

No entanto, em sua opinião, se o "inverno vulcânico" realmente ocorrer, causará uma alteração climática tão forte que a sobrevivência de toda a humanidade será o maior problema.

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