Apesar de serem menos conhecidos do que os astecas, os purépechas eram uma grande civilização que povoou o centro do México no início do século XVI, antes da chegada dos europeus. Sua cidade mais importante era a capital imperial, Tzintzuntzan, situada nas margens do lago Pátzcuaro.
O estudo foi realizado por meio da tecnologia de escaneamento laser conhecida como LIDAR (Light Detection And Ranging, na sigla em inglês), que consiste em emitir ondas laser ao campo de estudo desde um avião. O tempo e o comprimento da onda dos pulsos refletidos pela superfície se combinam com os sinais de GPS e outros dados para reproduzir um mapa de três dimensões da paisagem.
Laser scanning reveals 'lost' ancient Mayan city #Angamuco had as many buildings as #Manhattan, from @guardian https://t.co/nsnBpdXHMp #Archaeology pic.twitter.com/jYX2CyzDqF
— EGU (@EuroGeosciences) 16 de fevereiro de 2018
Utilizando a LIDAR, os investigadores descobriram que a cidade conhecida como Angamuco tinha mais que o dobro do tamanho que Tzintzuntzan, apesar de ter provavelmente menos densidade de população. No total, a cidade se estendia para um terreno de 26 quilômetros quadrados.
"Era uma área enorme com muita população e um grande número de construções arquitetônicas", disse Fisher."Algumas estimativas de nossos estudos indicam que poderiam ter existido mais de 40 mil construções, isto é, a mesma quantidade que atualmente há na ilha de Manhattan, em Nova York", acrescentou.
A cidade de Angamuco foi descoberta ainda em 2007, mas naquele período os cientistas utilizaram um meio tradicional, que lhes levou mais de uma década para mapear toda a área da cidade perdida.
Graças à LIDAR, os investigadores descobriram que "a cidade de Angamuco foi habitada por mais de 100 mil pessoas durantes seu apogeu, que teve lugar entre os anos 1000 e 1350", comentou Fisher.