De acordo com o parlamentar, que garante apoiar a intervenção federal que repassou a segurança no Estado às Forças Armadas por meio de decreto presidencial, é preciso dar retaguarda jurídica aos agentes, garantindo que nenhum dele será investigado por atitudes cometidas durante o período de intervenção.
"O que falta ao nosso policial militar, civil, federal, agente penitenciário, da Polícia Rodoviária Federal, e passando pelos integrantes das Forças Armadas para cumprir a sua missão é retaguarda jurídica, o excludente de ilicitude em operação. [É] uma garantia que lá na frente não será submetido a uma auditoria militar ou a um tribunal do júri. Só tratando essa questão a partir disso podemos discutir segurança no Rio de Janeiro e no Brasil", opinou.
Sem mudarmos as Leis, que protegem os marginais, essa Intervenção será apenas um remendo. Jair Bolsonaro. pic.twitter.com/82ieoCL92d
— Jair Bolsonaro (@jairbolsonaro) 17 de fevereiro de 2018
Bolsonaro criticou a forma com que a intervenção foi decidida – "nos porões do Palácio do Planalto, longe dos integrantes das Forças Armadas" –, e destacou acreditar que tudo não passe mais uma vez de "um remendo", questionando as chances de sucesso. Todavia, ele defendeu ações energéticas e, se necessário, mais violência na capital fluminense.
"A insegurança no Rio de Janeiro tem que ser combatida com energia ou, se for o caso, com mais violência ainda. E com o excludente de ilicitude para o nosso agente da lei. Deus salve o nosso Rio de Janeiro", completou o ex-capitão do Exército.
Em outra mensagem, o deputado defendeu que o presidente Michel Temer (MDB) deveria "dar o exemplo" e deixar o cargo, junto com os seus principais ministros, para que "a faxina tenha legitimidade", fazendo referência às acusações de corrupção que pairam sobre a atual cúpula do governo federal.
“O exemplo tem que vir de cima. Logo deveria Temer e Ministros envolvidos em corrupção afastarem-se do Poder para que a faxina tenha legitimidade!” pic.twitter.com/9ovUSqWYUF
— Jair Bolsonaro (@jairbolsonaro) 18 de fevereiro de 2018
Sobrou até para o ministro da Defesa, Raul Jungmann (PPS). Para Bolsonaro, Temer deveria se livrar de um ministro que é "comunista e desarmamentista", referindo-se à postura de Jungmann enquanto deputado federal, sendo um dos líderes do Estatuto do Desarmamento, que vigora no Brasil há 13 anos.
- General Heleno e como deveria ser uma Intervenção para valer.
— Jair Bolsonaro (@jairbolsonaro) 17 de fevereiro de 2018
- Jair Bolsonaro: "O primeiro ato, se Temer tivesse autoridade moral, seria substituir o atual Ministro da Defesa, que além de comunista, é desarmamentista." https://t.co/mGotyHQ68A
Embora mantenha o forte discurso em favor dos agentes de segurança, Bolsonaro é réu no Supremo Tribunal Federal (STF) por incitação ao crime de estupro e injúria. O caso ainda não tem data para ser julgado.