Esta é a opinião do colunista Paul R. Pillar da revista The National Interest. De acordo com vários especialistas, a administração do presidente dos EUA precisa de reagir à mudança na Síria e elaborar uma nova estratégia.
Primeiro, há dois riscos de escalada no conflito em torno da Síria. Em resultado do abate do avião israelense, cresceu a ameaça de possíveis confrontações entre Israel e seus vizinhos, inclusive a Síria.
Segundo, o The National Interest propõe às autoridades dos EUA que reconheçam dois fatos significativos: o derrota do Daesh (grupo terrorista, proibido na Rússia) e a vitória das tropas governamentais sírias, que têm contado com apoio da Rússia e do Irã.
Em tais condições, destaca Paul R. Pillar, é necessário que administração de Donald Trump faça o que nunca fez: abandonar a ideia de controlar a situação por meio dos seus esforços e dos seus aliados e passar à diplomacia multilateral, de maneira a diminuir o risco de escalada em torno da Síria.
Em particular, os EUA têm que influenciar Israel para que este mude a sua política na Síria. A revista frisa que, hoje em dia, a maior parte dos esforços diplomáticos quanto à Síria são feitos pela Rússia, a Turquia e o Irã e não pelos EUA. Isto se explica, destaca o autor, por Moscou e Teerã não estarem interessados em um conflito eterno na Síria.