Segurando um pedaço de um drone iraniano, supostamente derrubado no norte de Israel na semana passada, o primeiro-ministro israelense advertiu Teerã contra testar a resolução de Israel.
"Nós agiremos sem hesitação para nos defendermos. E agiremos, se necessário, não apenas contra representantes do Irã que nos estão atacando, mas contra o próprio Irã", disse Netanyahu na Conferência de Segurança de Munique, depois que as forças israelenses realizaram uma enorme invasão na Síria atacar alvos iranianos.
A ameaça parece ter atingido um nervo em Teerã. O político conservador iraniano, Mohsen Rezaee, que também é secretário do Conselho do Discernimento da Inteligência, advertiu que a República Islâmica está pronta para retaliar e atacar Tel Aviv antes que o primeiro-ministro israelense tenha a chance de fugir da capital.
"Sobre as palavras imprudentes de Netanyahu, devo dizer que, se levantarem o menor movimento imprudente contra o Irã, nivelaremos Tel Aviv ao chão e não daremos nenhuma chance a Netanyahu de fugir", afirmou Rezaee ao canal de notícias al-Manar na segunda-feira, de acordo com a agência de notícias Fars. "Os líderes norte-americanos e israelenses não conhecem o Irã e não entendem o poder da resistência e, portanto, continuam enfrentando a derrota".
Tel Aviv advertiu repetidamente o Irã contra a intromissão em assuntos israelenses, fornecendo mísseis avançados para o grupo xiita libanês Hezbollah. Israel também permanece muito preocupado com a posição do Irã na Síria.
Netanyahu, que se referiu ao importante acordo nuclear entre o Irã e seis potências mundiais como um "erro histórico" e uma ameaça para a sobrevivência de Israel, também continua argumentando que o acordo é falho e permite ao Irã potencialmente produzir centenas de armas nucleares que podem atacar Israel.