Asif revelou que o país não seria colocado de volta na lista de observação da Força Tarefa de Ação Financeira (FATF) – na qual esteve de 2012 a 2015 - apesar dos esforços dos EUA.
"Nossos esforços foram recompensados, a reunião de conclusão [em] Paris [da] FATF em 20 de fevereiro sobre a moção liderada pelos EUA para colocar o Paquistão na lista de observação [...] Nenhum consenso para a indicação do Paquistão, propondo três meses de pausa e pedindo ao APG [Grupo Ásia-Pacífico] para outro relatório ser concluído em junho", escreveu o ministro, acrescentando:" Agradecido aos amigos que ajudaram".
Our efforts paid,FATF Paris 20Feb meeting conclusion on US led motion to put Pakistan on watch list
— Khawaja M. Asif (@KhawajaMAsif) 20 de fevereiro de 2018
-No consensus for nominating Pakistan
-proposing 3months pause &asking APG for another report to b considered in June الحمداللہ
Grateful to friends who helped
Washington prometeu endurecer as relações com Islamabad por seus alegados laços com militantes islâmicos. No início de janeiro, a Casa Branca suspendeu um aporte financeiro relacionado à segurança no Paquistão no valor de US$ 2 bilhões.
O Paquistão repetidamente negou abrigar ou apoiar militantes no Afeganistão e na Índia. Acredita-se que o movimento recente de Islamabad para proibir os grupos Jamaat-ud-Dawa (JuD), bem como a Fundação Falah-e-Insaniat (FIF), dirigida pelo líder islâmico Hafiz Saeed, com sede no país, que Washington designou terrorista, ajudou a vencer o indulto.
A porta-voz do Departamento de Estado, Heather Nauert, disse a repórteres na semana passada que a "comunidade internacional tem esse tipo de preocupação de longa data quando se trata do governo do Paquistão sobre o que consideramos deficiências na implementação de combate à lavagem de dinheiro, contra-terrorismo e outros tipos de problemas semelhantes a isso".
Perguntado se Washington estava feliz com uma nova lei paquistanesa destinada a impulsionar as capacidades antiterroristas do país, Nauert disse que não tinha informações suficientes sobre a lei para comentar.
O ministro das Finanças do Paquistão, Miftah Ismail, disse à Agência Reuters em meados de fevereiro que os EUA e o Reino Unido apresentaram a moção e depois persuadiram a França e a Alemanha a co-patrociná-lo.
"Estamos agora trabalhando com os EUA, Reino Unido, Alemanha e França para que a nomeação seja retirada", disse Ismail. "Também temos esperança de que mesmo que os EUA não tenham retirado a nomeação que prevaleceremos e não seremos colocados na lista de vigilância".
Nos últimos meses, o Paquistão tem lutado para evitar ser adicionado a uma lista de países considerados em não conformidade com os regulamentos contra a lavagem de dinheiro e o financiamento do terrorismo pelo FATF.