Em um esforço conjunto de 4 milhões de habitantes da cidade, a capital sul-africana anunciou na semana passada o adiamento do "Dia Zero" de 4 de junho a 9 de julho, graças a uma drástica diminuição no consumo de água. Também contribuiu de maneira positiva a liberação de 10 bilhões de litros de água dos reservatórios privados da Associação de Agricultores da Groelândia.
Com cerca de dois milhões de turistas por ano, a Cidade do Cabo busca fortalecer sua capacidade de adaptação à medida que os efeitos das mudanças climáticas a afetam, como ocorre em outras cidades secas, como Melbourne (Austrália) e alguns povoados da Califórnia (EUA).
"Sabemos que enquanto tivermos que passar por tempos difíceis, vamos construir uma economia verde de nível superior, que será o farol da esperança para muitos lugares", assinalou Tim Harris, chefe-executivo de Wesgro, uma agência de turismo regional.
Segundo afirmaram anteriormente fontes oficiais, a seca crônica está afetando no número de turistas que visitam a cidade, prejudicando assim fortemente à economia sul-africana.
Diante de impostos punitivos e restrições severas, nos últimos três anos a crise da água forçou os habitantes da Cidade do Cabo a reduzirem seu consumo em mais da metade. Atualmente, o consumo individual diário é limitado a 50 litros.
"Todos nós devemos fazer absolutamente tudo o que está em nosso alcance para alcançar as metas propostas pelo departamento nacional para reduzir o consumo urbano em 45%", afirmou Ian Neilson, vice-prefeito da cidade.
Em resposta ao problema, já foi planejada a construção de várias usinas de dessalinização, que juntamente com as reservas subterrâneas de água, poderiam aumentar futuramente os recursos hídricos.