Ivanka, que também é uma conselheira sênior de seu pai, será acompanhada pela secretária de imprensa da Casa Branca, Sarah Huckabee Sanders, que dará um apoio especial às atletas do sexo feminino que competem nos Jogos.
"Sarah vai como uma mulher para ajudar a torcer todas as atletas do sexo feminino e destacar os esportes femininos e o sucesso que nossas atletas femininas tiveram nos Jogos Olímpicos deste ano", disse um funcionário da Casa Branca.
Outros membros da delegação dos EUA incluem o senador de Idaho, Jim Risch, e a militar da Guarda Nacional do Exército dos EUA e vencedora da medalha olímpica no bobsled, Shauna Rohbock.
"Tenho a honra de liderar a delegação dos EUA nas cerimônias de encerramento das Olimpíadas de Inverno de PyeongChang 2018", afirmou Ivanka Trump. "Estamos ansiosos para parabenizar a equipe dos EUA e comemorar tudo o que nossos atletas conseguiram. O talento, a força, o peso e o espírito incorporam a excelência americana e nos inspiram a todos".
O principal objetivo da delegação é destacar as conquistas dos atletas americanos nas Olimpíadas e reafirmar a cooperação dos EUA com o anfitrião dos Jogos, a Coreia do Sul.
Encontro possível?
A conselheira presidencial de 36 anos vai jantar com o presidente sul-coreano Moon Jae-in durante sua visita de três dias à Coreia do Sul.
Porém, o que está chamando muito a atenção será sobre a posição da delegação americana em relação aos representantes da Coreia do Norte, com quem os EUA sempre trocaram ameaças de guerra.
Na abertura dos Jogos, em 9 de fevereiro, o vice-presidente dos Estados Unidos, Mike Pence, ficou sentado próximo da irmã do líder norte-coreano Kim Jong-un, Kim Yo-jong. Houve a possibilidade de uma reunião dele com oficiais norte-coreanos, porém Pyongyang desistiu no último minuto, segundo a Casa Branca.
Para a cerimônia de encerramento, a delegação de oito membros da Coreia do Norte será encabeçada por Kim Yong-chol, um general sênior responsável pelos assuntos inter-coreanos. Acredita-se que ele teria planejado vários ataques contra a Coreia do Sul, inclusive contra o navio 'Cheonan' em 2010, que matou 46 marinheiros.
De acordo com a imprensa sul-coreana, há a expectativa sobre a possibilidade de uma reunião entre Ivanka e o general norte-coreano, o que marcaria o primeiro encontro de autoridades de alto escalão dos dois países em anos. Por ora, não há nenhum evento oficial previsto neste sentido.
O fim dos Jogos também vai colocar em xeque a sequência das relações entre as duas Coreias, que se reaproximaram neste ano, por conta do evento olímpico em solo sul-coreano. A retomada dos exercícios conjuntos entre EUA e Coreia do Sul e a resistência de Pyongyang em congelar o seu programa nuclear recolocarão pressão sobre a diplomacia.