"A Petrobras foi vítima de corrupção, ela não foi a geradora da corrupção. Então a empresa não tem culpa nenhuma da desvalorização das ações. Essa cobrança pode desencadear uma avalanche de ações em cima da companhia e ela inocentemente ser penalizada", disse Siqueira.
O engenheiro foi ainda mais além e culpou Pedro Parente, atual presidente da Petrobras e Henri Philippe Reichstul, presidente da Petrobras entre 1999 e 2001, pelo equívoco.
"O causador disso é o Pedro Parente, que em 2001 era presidente do conselho de administração, o órgão máximo da Petrobras e na gestão dele e do o Reichstul, venderam 36% das ações da Petrobras na bolsa de NY a US$ 5 bilhões e essas ações valiam mais de US$ 100 bi. Então o erro começou ao vender essas ações por um valor irrisório e agora esses acionistas estão entrando com ação contra a Petrobras", justificou.
Fernando Siqueira defende que a Petrobras não faça esse acordo. Segundo ele, a Petrobras deveria enfrentar as ações judiciais.
"A Petrobras teria que ir até o final dessa ação porque certamente ela tem como justificar que ela não foi causadora de prejuízo aos acionistas, e sim, foi uma vítima da corrupção, quando ela faz esse acordo ela acaba admitindo que ela tem culpa no cartório", alegou.
A empresa já anunciou que caso o acordo seja feito, o valor será dividido em três parcelas. As duas primeiras de US$ 983 milhões, e uma terceira de US$ 984 milhões.