Durante o último ano, na Rússia foram prevenidos mais de 60 ataques terroristas, declarou o presidente russo Vladimir Putin nos finais de dezembro, confirmando as palavras ditas meio ano antes pelo vice-chefe do Comitê Nacional Antiterrorista, Aleksei Kovalev que sublinhou que o número de ataques terroristas no país baixou dez vezes.
"Nos últimos anos, o FSB começou a trabalhar muito melhor na prevenção da atividade terrorista", disse na entrevista à Sputnik o ex-chefe do departamento antiterrorista do FSB, Aleksandr Gusak.
Segundo ele, tal resultado foi alcançado graças a uma rede de agentes herdada ainda do Comitê de Segurança do Estado (KGB), que é o orgulho dos serviços secretos russos. Os agentes se infiltram nos grupos ilegais e "graças a isso, dezenas de ataques terroristas em Moscou foram prevenidos ainda durante a preparação", explicou o coronel.
Além disso, a chegada ao poder de Ramzan Kadyrov, que reprime quaisquer manifestações de separatismo, também deu os seus frutos, opina Gusak.
O papel especial atribuído aos agentes infiltrados é uma tática bastante nova. Nos anos 90 o objetivo declarado era destruir os terroristas fisicamente, explica Gusak, mas "por mais cabeças do dragão que se cortem, vão crescer novas".
Gusak notou que alguns agentes do FSB se convertem ao Islã, monitorizam os grupos que podem ser perigosos, trabalhando lado a lado com os representantes religiosos oficiais.
Aleksandr Gusak também nota que há um notável progresso técnico que facilita o trabalho dos serviços secretos, que conseguiram criar uma ampla base de suspeitos. Contudo, nenhum progresso técnico pode ser comparado com a coragem humana, disse.