As câmeras de segurança gravaram soldados da Força de Defesa Israelense (FDI) enquanto chutavam e batiam em um palestino identificado como Yassin al-Saradih. Mais tarde, ele foi declarado morto. Al-Saradih é de Jericó, uma cidade na Cisjordânia, local do ocorrido.
De acordo com a organização "Sociedade dos Prisioneiros Palestinos", Saradih, de 36 anos, morreu pouco depois do espancamento. A organização disse que ele sofreu múltiplas convulsões, enquanto as tropas da FDI jogavam grandes quantidades de gás lacrimogêneo em uma multidão de onde ele saiu antes de ser morto. Assista o vídeo:
A declaração oficial da FDI afirma que o homem foi baleado após atacar as tropas com uma barra de ferro, e uma autópsia teria descoberto que o homem fora baleado no estômago e que o estilhaço foram encontrados perto do cóccix.
O jornal diário israelense, Haaretz, relata, no entanto, que nenhuma ferida de bala foi encontrada no corpo de Saradih, levando à conclusão de que ele foi espancado até a morte.
Outra declaração militar anterior anunciou que o homem tentou atacar soldados com uma faca, roubar uma de suas armas e que ele foi tratado por médicos ainda no local. Os militares, depois, retiraram o comunicado.
O vídeo não mostra o homem tentando roubar uma arma, mas mostra que Saradih carregava o que parece ser uma barra de ferro.
"Este é o tipo de experiência do que passam os palestinos no dia-a-dia, não apenas desde 1967, mas desde 1948", afirmou o jornalista e escritor Max Blumenthal em entrevista à rádio Sputnik nesta sexta-feira (23), nos EUA.
Membros da família de Saradih disseram ao jornal Haaretz que Saradih praticava futebol com frequência e trabalhava em todos os tipos de emprego, desde construção civil até agricultura. O Ministério da Informação Palestino afirmou que se trata de "uma execução a sangue frio".