"Mover a embaixada dos EUA em Jerusalém é uma violação do direito internacional e vai contra as convenções internacionais", disse o porta-voz do Hamas, Abdul-Latif al-Qanou, em um comunicado.
"Isso nunca legalizaria a ocupação sionista de nossa terra ou mudaria a realidade e a identidade de Jerusalém", continuou.
A embaixada abrirá em maio, quando coincide com o 70º aniversário da Nakba ("catástrofe"), o nome palestino para o êxodo em massa de árabes de suas casas antes do Estado de Israel ser declarado em 1948.
Qanou disse que o Hamas vê isso como "uma negligência prevista do nosso povo e uma nova agressão sobre seus direitos e seus locais sagrados".
"Esta é uma clara provocação dos sentimentos das nações árabes e islâmicas", acrescentou. O sentimento ecoa o que disse no sábado o porta-voz do governo palestino Yousef al-Mahmoud, que afirmou que a medida "constitui-se em uma violação clara e explícita das resoluções das Nações Unidas e de todas as leis humanitárias e internacionais".
O Departamento de Estado dos EUA anunciou a mudança na última sexta-feira, explicando que a abertura coincide com o "70º aniversário de Israel". O anúncio veio após a decisão de Trump em dezembro de romper com os anos de tradição dos EUA com a promessa de mover a embaixada da sua localização atual em Tel Aviv para Jerusalém.
Israel anexou Jerusalém Oriental em 1967 e os palestinos a consideram a capital do seu futuro Estado.
A embaixada dos EUA em Jerusalém será localizada em um prédio em Arnona, onde os EUA atualmente têm seu consulado. Washington disse que, no final de 2019, pretende abrir uma nova embaixada dentro do seu complexo de Arnona e então procurará um local permanente da embaixada.