Mais cedo, o chefe da chancelaria britânica, Boris Johnson, comunicou que tinha convidado Yakovenko para visitar a sua entidade e informar sobre os planos russos em relação ao cumprimento da resolução 2401 da ONU, que exige o término imediato de todas as confrontações por um período de 30 dias com o fim de garantir uma pausa humanitária.
O professor da Escola Superior de Economia e especialista em assuntos do Oriente Médio, Grigory Lukyanov, comentou a situação em torno de Ghouta Oriental em uma entrevista ao serviço russo da Rádio Sputnik.
"Uma série de Estados, inclusive o Reino Unido, consideram a pausa humanitária como um prelúdio para o término das operações militares em geral e fim da pressão militar realizada pelas tropas governamentais contra os grupos armados que atuam em Ghouta Oriental", explicou o cientista político.
"No que se trata de Damasco oficial, as esperanças são outras. A pausa humanitária é vista como uma ferramenta, através da qual se pode fazer sair a população civil de Ghouta Oriental nas vésperas de novas ações militares que visam a eliminação de grupos armados vinculados com a Al-Qaeda, o Daesh e outras estruturas não envolvidas no cessar-fogo. Em relação a isso, as tentativas de diplomatas de vários países para acetar suas posições continuam, mas a situação ainda está pouco clara e as posições das partes são mais divergentes que concordantes. Nestas condições, a situação militar em Ghouta Oriental continua pouco prognosticável", resumiu.