'Prever o que acontecerá em 2019 é cafeomancia', diz analista sobre provável grande guerra

© Sputnik / Serviço de imprensa da Força Aérea de IsraelCaça da Força Aérea de Israel (arquivo)
Caça da Força Aérea de Israel (arquivo) - Sputnik Brasil
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Para o ano de 2019, o Oriente Médio pode mergulhar em uma nova guerra de larga escala que, de fato, já está começando, asseguram as mídias estadunidenses. O cientista político russo, Mikhail Roschin, comentou o prognóstico para a Sputnik.

A situação atual no Oriente Médio indica que para 2019, uma guerra maciça pode se romper entre Irã e Israel, prevê a edição The National Interest.

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O especialista em assuntos de segurança nacional e ex-funcionário da administração de Ronald Reagan e George W. Bush, Raymond Tanter, e o especialista em relações internacionais, Ivan Sascha Sheehan, afirmam que o conflito "já está em andamento". Trata-se do incidente ocorrido há cerca de duas semanas, no qual Israel abateu um drone lançado da Síria, atacando em seguida alvos iranianos no território sírio.

Como resultado, o sistema de defesa antiaérea sírio abateu o caça israelense F-16. Os autores relembraram que após isso, o premiê israelense Benjamin Netanyahu, e o chanceler iraniano Javad Zarif, trocaram ameaças.

Durante a Conferência de Segurança em Munique, Netanyahu apelou a Teerã "para não testar a firmeza de Israel". Já Zarif, ao discursar posteriormente no mesmo evento, disse que tinha testemunhado uma "apresentação de circo", que não merece nenhuma atenção.

"Estes eventos serão as primeiras cenas de uma nova grande guerra, caso Teerã continue tentando reforçar sua presença na Síria após a 'vitória' sobre o Daesh [organização terrorista proibida na Rússia e em vários outros países]", acreditam os autores. Segundo Tanter e Sheehan, nesta situação os EUA devem apoiar Israel de modo mais ativo, inclusive através de entregas de armamentos.

O cientista sênior do Instituto de Estudos Orientais da Academia de Ciências da Rússia, Mikhail Roschin, avaliou a probabilidade de tal prognóstico ao conversar com o serviço russo da Rádio Sputnik.

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"Pessoalmente, acho que tudo está muito exagerado. Realmente houve um confronto que resultou no abate do avião israelense. Após isso, tudo se acalmou e eu, honestamente, não vejo nenhuma razão para um agravamento drástico. E o que acontecerá em 2019, isso já é previsão na borra de café", disse.

Deste modo, o analista considera o prognóstico publicado como pouco provável.

"As pessoas às vezes divulgam tais alertas para chamar a atenção… Por que eles [Israel e Irã] devem iniciar uma guerra em 2019? Até porque, como sabemos, não há uma fronteira direta entre Irã e Israel… Onde iriam guerrear? No território sírio? É muito pouco provável".

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