Analista dos EUA: faz mais sentido para a Rússia arruinar sanções contra Pyongyang

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Primeiro navio da Coreia do Norte chega ao porto russo de Vladivostok - Sputnik Brasil
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Analista-chefe de assuntos coreanos do Conselho de Relações Exteriores, o norte-americano Scott Snyder afirmou que faz mais sentido para a Rússia enfraquecer o regime de sanções contra a Coreia do Norte do que aplicá-lo, segundo determinação do Conselho de Segurança da ONU.

Em declaração reproduzida pela agência sul-coreana Yonhap, Snyder externou a sua preocupação de que a Rússia não estaria aplicando plenamente as sanções definidas pela ONU, embora como membro permanente tenha apoiado as quatro resoluções.

"A aplicação da Rússia foi expressada como uma preocupação em níveis mais baixos dentro do governo dos EUA e agora, obviamente, é alcançado por [Donald] Trump", afirmou o analista norte-americano em um fórum que tratava das sanções contra Pyongyang.

Na segunda-feira, o presidente dos EUA afirmou que o Kremlin estaria se comportando de maneira "ruim" ao "mandar para dentro o que a China estava retirando" da Coreia do Norte.

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Snyder relembrou que os russos também estão sob sanções capitaneadas pelos EUA, o que poderia ser um componente estimulante para que Moscou não respeitasse as determinações rígidas previstas nas resoluções da ONU.

"Os russos estão sendo sancionados pelos EUA, enquanto eles são solicitados a sancionar a Coreia do Norte, e acho que, da perspectiva da liderança russa, não faz sentido. Então, francamente, é um ato racional para o presidente russo Vladimir Putin de buscar oportunidades para desempenhar um papel de ‘destruidor’ a favor da Coreia do Norte", declarou.

Washington lidera a campanha de "pressão máxima" em favor de sanções econômicas e diplomáticas para fazer com que Pyongyang desista do seu programa nuclear, considerado fundamental pelo governo do líder Kim Jong-un, que defende armas em defesa da sua soberania.

Nesta semana, a Coreia do Norte se mostrou disposta a sentar-se à mesa para dialogar com os EUA, mas Trump adiantou que isso só será possível "sob as condições certas". Já Pyongyang defende que as negociações aconteçam “sem medidas prévias”.

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