ONU denuncia crise humanitária em conflito no Leste da Ucrânia

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Donetsk após bombardeio - Sputnik Brasil
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O conflito em Donbass deixou 3,4 milhões de pessoas dependentes de assistência humanitária, informou o Escritório das Nações Unidas para a Coordenação de Assuntos Humanitários (OCHA) em um comunicado de imprensa nesta quarta-feira.

"É preocupante notar que quatro anos atrás, a Ucrânia não precisava de um apelo humanitário. No entanto, hoje, 3,4 milhões de ucranianos precisam de assistência para sua proteção e sobrevivência, particularmente nas regiões orientais de Donetsk e Luhansk", disse a secretária-adjunta da ONU, Ursula Mueller.

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No início do dia, a Comissão Europeia (CE) e a OCHA realizaram uma conferência em Bruxelas para conscientizar sobre as consequências humanitárias do conflito de Donbass. A CE prometeu destinar €24 milhões (R$95 milhões) em assistência humanitária.

De acordo com o comunicado enviado à imprensa, o conflito armado deixou 2,530 civis mortos, 9 mil feridos e cerca de 1,6 milhões de ucranianos deslocados em todo o país. Os deslocados não podem voltar para casa devido a hostilidades ou perderam meios de subsistência, enfrentando  problemas de emprego e habitação em locais de destino.

Mueller observou que cerca de 200 mil pessoas vivem sob constante medo de bombardeio, enquanto milhares de pessoas atravessam a linha de contato (1 milhão de cruzamentos por mês) "enfrentando atrasos e obstáculos no acesso a serviços básicos, pensões, benefícios sociais e mercados todos os dias".

Ela também avaliou o número de idosos afetados pelo conflito na Ucrânia como os mais altos do mundo, enfatizando a necessidade de enfrentar sua situação.

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Juntamente com as baixas e os sofrimentos, o conflito inflingiu graves danos a milhares de casas e centenas de hospitais, escolas e instalações de água e eletricidade.

Participantes na conferência também expressaram sua preocupação com a "contaminação rápida e aumentada" das áreas afetadas pelo conflito por minas e munições não detonadas.

O comissário da UE para a Ajuda Humanitária e Gestão de Crises, Christos Stylianides caracterizou o apoio das pessoas afetadas pelo conflito como uma prioridade para a Europa, observando que o novo pacote de ajuda proporcionaria assistência essencial, como alimentação, saúde e educação para crianças.

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