Em entrevista a Sputnik Sérvia, o analista sérvio Miroslav Lazansky comentou sobre o discurso do líder russo.
"Os norte-americanos criaram um escudo antimíssil na Romênia e na Polônia, nas ilhas Aleutas, bem como na Coreia do Sul. Os russos não respondem da mesma maneira, mas em vez disso, continuam reforçando seu potencial de mísseis: criaram o míssil Sarmat com uma grande quantidade de blocos de combate, capazes de realizar manobras e alterar a trajetória e altitude do voo", explicou.
Alem disso, o analista comentou que os mísseis russos podem ser instalados em submarinos.
"Trata-se de um míssil intercontinental, que, por exemplo, por ser lançado de um submarino do mar de Okhotsk e não se dirigirá à estratosfera onde poderia se tornar um alvo fácil, mas percorrerá a uma altitude de 3 a 4 metros, onde nenhum dos radares poderá detectá-lo. Enquanto isso, o míssil poderá percorrer, por exemplo, 13 mil quilômetros. Nenhum país do mundo nunca teve isso. Ou seja, trata-se de um míssil intercontinental, que não voa pela trajetória de um míssil continental".
Quando perguntado o motivo dos dados sobre novas armas serem apresentados somente agora, Lazansky supôs que a situação deve ser analisada em conexão com a postura da OTAN.
"Os norte-americanos e suas novas armas nucleares táticas, que tencionam posicionar nos países europeus da OTAN, a expansão da Aliança Atlântica para as fronteiras russas, a sugestão de países para essa Aliança, a presença de navios de guerra da OTAN nos mares Negro e Báltico — tudo isso faz parte da pressão contra a Rússia, e ela é forçada a responder. A paciência acabou, a Rússia deu a entender: temos como responder".