Quando o Pentágono publicou no Twitter um vídeo promocional do AC-130, avião com armamento pesado de ataque ao solo, deveria estar preparado para enfrentar a indignação dos usuários, especialmente ao se referir ao veículo com o apelido de "Angel of Death" ("Anjo da Morte", em inglês), nome sob o qual também era conhecido o infame médico nazista Josef Mengele.
O tweet, publicado em 28 de fevereiro, foi compartilhado mais de 5.200 vezes e recebeu cerca de 14.000 curtidas. No entanto, a discussão gerada pelo tweet na seção de comentários parece não ter sido agradável para o administrador desta rede social no Departamento de Defesa dos EUA.
Her-cu-les, Her-cu-les!
— U.S. Dept of Defense (@DeptofDefense) 28 de fevereiro de 2018
You don’t want to be on the receiving end of this gunship, aka the Angel of Death. pic.twitter.com/r5sN6c7g4I
Julgando pela reação da maioria dos usuários do Twitter, os internautas não estão muito entusiasmados com a política externa dos EUA, nem com as armas usadas para a implementar.
Muitos dos comentários recordaram o ataque aéreo levado a cabo por um AC-130 contra um hospital da organização Médicos Sem Fronteiras em Kunduz, no Afeganistão, que foi bombardeado por quase 30 minutos seguidos em 3 de outubro de 2015. Esse ataque matou 30 médicos e pacientes e feriu mais 34.
O AC-130 está no serviço ativo da Força Aérea dos EUA por mais de 50 anos. O avião original de asa fixa foi fabricado pela empresa Lockheed Martin antes de ser transformado em um avião de combate pela Boeing, inicialmente como meio de transporte de tropas (o C-130) e depois como aeronave de apoio aéreo próximo e avião de reconhecimento armado (o AC-130).