"Ele me deu os documentos e disse para eu, com eles, dar uma bofetada no Ocidente e na ONU", declarou Amir-Abdollahian, citado pela Press TV.
Soleimani, comandante da Força Quds, força especial iraniana que tem combatido o Daesh na Síria, até pediu ao ministro das Relações Exteriores, Mohammad Javad Zarif, "que caso haja necessidade, pode pôr os documentos na mesa e dizer para os norte-americanos 'é isto que vocês estão fazendo'", acrescentou o conselheiro.
Os documentos apresentados pelo general "incluem informações precisas sobre a posição geográfica, hora e detalhes exatos" da cooperação dos EUA com o Daesh (grupo terrorista proibido na Rússia e em outros países).
Em particular, Amir-Abdollahian lembrou que, quando a cidade iraquiana de Mossul estava ainda ocupada pelo Daesh, "um A330 [avião de passageiros] norte-americano aterrissou no aeroporto da cidade; vários generais estadunidenses desceram do avião e depois foi retirado o equipamento militar. Na zona VIP do aeroporto, os generais dos EUA falaram com os líderes do Daesh em Mossul durante três horas e 23 minutos, voltando depois para o avião e partindo. O que eles trouxeram ao Daesh? As armas e o equipamento que [os combatentes do Daesh] precisavam e que já tinham sido acordados."
"Mais tarde soubemos que os americanos tinham levado alguns dos [líderes] evacuados para o norte do Afeganistão, alguns para a Líbia e outros para o sul do Iêmen", comentou Amir-Abdollahian.
Na semana passada, o chanceler iraniano culpou os Estados Unidos de evacuarem regularmente militantes da Síria e do Iraque. As acusações foram reiteradas pelo ex-presidente afegão, Hamid Karzai, que afirmou que o Daesh tem sido uma "ferramenta" utilizada por Washington no Afeganistão para alcançar seus objetivos na região.