Alistamento voluntário
Segundo Shoigu, "todo o 'exército encantador' cumpre com sucesso suas tarefas": no ano passado, mais de 10 mil mulheres-militares receberam medalhas do Ministério da Defesa, inclusive pelos méritos durante a operação antiterrorista na Síria.
As mulheres russas servem no exército voluntariamente ou por contrato em mais de 150 profissões em todos os ramos das Forças Armadas. O serviço militar para mulheres na Rússia não é obrigatório, ao contrário de Israel, por exemplo.
História das mulheres no exército
As mulheres russas passaram a se poder alistar oficialmente no exército desde 1716, primeiramente na qualidade de voluntárias em hospitais militares. As primeiras oficiais apareceram no exército russo durante a Guerra pela Pátria de 1812. Em 1917, foi criado o chamado Batalhão da Morte, liderado por Maria Bochkareva, que foi a primeira mulher russa a comandar uma unidade militar.
Naqueles anos, na URSS foram fundados a Escola Central de Franco-Atiradoras e uma unidade de artilharia ligeira de mulheres de reserva, entre outras.
Durante a guerra, 90 mulheres receberam a condecoração de Heroína da União Soviética, mas a maioria delas já postumamente. A primeira militar a ser condecorada com o título foi a famosa guerrilheira Zoya Kosmodemyanskaya.
No total, 95 mulheres receberam a insígnia de Heroína da União Soviética e, nos últimos anos, 16 foram condecoradas com esta distinção (Heroína da Federação Russa).
Heroínas modernas
Quanto às Forças Aerotransportadas da Rússia, vale mencionar Irina Kruglova, especialista principal do Departamento de Comunicações do Ministério da Defesa, cuja biografia está ligada a este tipo de forças. Ela salta de paraquedas, dispara de quase todos os tipos de armas de fogo e, caso haja necessidade, comanda os soldados em condições de combate.
Anteriormente, Irina até foi instrutora de franco-atiradores das Forças Aerotransportadas, onde hoje em dia servem cerca de 1,5 mil mulheres, 100 das quais são oficiais.
Mulheres na guerra síria
As mulheres que integram a Marinha russa trabalham muitas vezes como psicólogas, especialmente nas zonas de conflito.
Svetlana Kharitonova, chefe do Centro Psicológico da Frota do Mar Negro, visitou várias vezes a Síria em trabalho, elaborando, com base nessa experiência, métodos de tratamento nas condições de ações militares.
Neste país árabe serviram muitas militares russas. Entre elas, a enfermeira major das Forças Aerotransportadas Tatiana Solovieva, condecorada pelos seus méritos com a medalha de Suvorov.