"Em conversas com o interventor Braga Netto, ele me dizia que, num espaço de até quatro meses, ele calcula, serão sentidas as mudanças pela população. Isso não quer dizer que terá passe de mágica", teria dito o Ministro, conforme divulgou a Agência Brasil.
Em fevereiro, o governo de Michel Temer decretou a intervenção sobre o Rio de Janeiro, atendento a pedidos do próprio governador do estado. A polêmica decisão está prevista para durar até o dia 31 de dezembro de 2018.
A medida dá ao interventor Braga Netto, poderes sobre as polícias, bombeiros, e sobre a administração penitenciária do estado. O Rio de Janeiro tem cerca de 51 mil presidiários.
A medida é inédita no período democrático brasileiro.
Ele ainda teria afirmado que movimentos internos já estão sendo feitos, mas não são vistos pela população, como no caso da resstruturação das polícias.
Jungmann também falou sobre oerações realizadas no bairro Vila Kennedy, que vem sendo qeustionadas. Nos últimos dias, o Exército teria enviado 1.400 homens das Forças Armadas ao local com o objetivo de desmontas baarricadas montadas por traficantes. No entanto, no dia seguinte as coisas voltam ao mesmo ponto.
O ministrou assegurou que as ações no bairro seriam uma espécie de "laboratório" de estratégias que serão utilizadas em todo o estado e que a inisistência em desmontar as barricadas seria uma forma de mandar uma mensagem aos traficantes para que não pensem em resistir.
Jungmann e Netto, falaram com a imprensa após se reunirem com deputados federais do estado de vários partidos que exigiram transparência nas decisões que estão sendo tomadas.
Alessandro Molon divulgou em suas redes sociais o encontro.
Hoje mais cedo participei da reunião da Comissão Externa que acompanhará a situação da segurança no RJ. Cobrei do ministro Jungmann a apresentação de um planejamento sobre a intervenção e também o orçamento que será destinado. #ChameMolon pic.twitter.com/YVkJIz4CC5
— Alessandro Molon (@alessandromolon) 9 de março de 2018
Ele estaria estudando proposta de mudanças na legislação brasileiras para que haja uma distinção mais clara entre traficantes e usuários. A atual legislação coloca essa decisão nas mãos de juízes, o que tem prejudicado jovens pobbres e negros, encarcerados sem necessidade. Isso teria efeito direto na superlotação das cadeias no Brasil. Hoje, o país tem a terceira maior população carcerária do mundo, com 726.712 presos, segundo o Fórum Brasileiro de Segurança Pública.