"Foi uma grande experiência, em muitas áreas. Foi útil para mim, quando mudei para a área civil. Nesse sentido, esta experiência, que certamente foi positiva, me tem ajudado", confessou o líder russo.
"Mas sabe, eu trabalhei após deixar os serviços secretos, por exemplo, na universidade, como assessor do reitor da Universidade de São Petersburgo. Isto é um trabalho com pessoas, a capacidade de estabelecer contatos, incitar a certas ações, unir as pessoas. Isto é muito importante na esfera acadêmica. Depois, trabalhei como vice-prefeito de São Petersburgo. A responsabilidade é ainda maior, mais ampla. Eu era responsável pelos laços internacionais de São Petersburgo, uma megalópole com 5 milhões de habitantes. Trabalhando em São Petersburgo nesse posto, conheci pela primeira vez Henry Kissinger [ex-secretário de Estado dos EUA]. Tudo isto, claro, ajudou no trabalho na época, e depois já toda a experiência acumulada me ajudou em Moscou", adiantou.
Ao falar sobre se a experiência nos serviços secretos proporciona algumas vantagens sobre os colegas, Putin ficou na dúvida.
"É difícil dizer. Não tive outra experiência. A única coisa que sei é que meus parceiros — chefes de Estado, de governo, — são pessoas excepcionais, extraordinárias. Eles passaram por um escrupuloso processo de seleção. Neste nível, não há pessoas ocasionais. E cada uma delas tem suas próprias vantagens perante os outros", resumiu Putin.