"Não consigo entender por que alguém poderia tomar tal ação. Mas esta é uma substância conhecida por nós e não existe amplamente", disse Tillerson a jornalistas enquanto voava da Nigéria para Washington. "E está apenas nas mãos de um número muito, muito limitado de pessoas".
O secretário de Estado dos EUA disse que não pode confirmar se o governo da Rússia teve participação no envenenamento, mas que a substância utilizada — o agente neurotóxico Novichok — não pode ter vindo de outro lugar senão Moscou. Ele também afirmou que tem "total confiança" no Reino Unido e em sua investigação.
Tillerson discutiu a questão com o ministro britânico das Relações Exteriores, Boris Johnson, e disse estar "extremamente preocupado" com a Rússia. Ele afirmou que, caso Moscou realmente seja responsável pelo envenenamento, o incidente "provocará uma resposta, vamos falar assim".
Em 2006, um tribunal russo condenou Skripal por traição por colaborar com a agência de inteligência do Reino Unido MI6 durante seu período como oficial na inteligência militar russa. Ele foi condenado a 13 anos de prisão. Em 2010, contudo, o então presidente Dmitry Medvedev perdoou Skripal como parte de um programa de troca de espiões, e ele se mudou para o Reino Unido, estabelecendo-se em Salisbury em 2011.