Previamente, Kim Jong-un expressou a intenção de estabilizar as relações com os EUA durante a reunião com a delegação do Sul em Pyongyang e assinar o acordo de paz com os EUA, segundo revela o jornal sul-coreano Dong-A Ilbo.
Antes, o líder norte-coreano propôs o encontro com o presidente dos EUA, Donald Trump. Washington aceitou a proposta e declarou que a hora e o lugar das negociações serão negociados posteriormente.
Encontro é possível
"Não está claro como isso [o encontro] ocorrerá. É verdade que a cúpula pode acontecer, mas falar não significa chegar a um acordo".
O especialista indica que as "negociações devem resultar em algo significativo, pois se a cúpula fracassar, críticas cairão sobre Trump".
Ao mesmo tempo, ele sublinhou que muitos fatores externos, como, por exemplo, os exercícios conjuntos realizados entre EUA e Coreia do Sul, também podem influenciar as negociações bilaterais.
A chance não é grande
Na opinião de Asmolov, é provável que o presidente dos EUA e da Coreia do Norte se encontrem, mas isso não significa que resultará em acordo de paz.
"Existe alguma chance, mas acredito que é muito pequena", declarou.
Ao explicar seu ponto de vista, o especialista russo destacou que "para a maioria, o acordo de paz, de fato, é o mesmo que estabelecer as relações diplomáticas". Ou seja, a Coreia do Norte "deixará de ser um país hostil, em relação a qualquer método" de pressão e receberá o estatuto de ator internacional legal.
Não obstante, não está muito claro qual poderia ser o diálogo entre os líderes. Segundo opinam especialista, as possíveis ações de Pyongyang podem ser preditas, sendo que já expressou prontidão para proibir testes nucleares e de mísseis.
"Isso será realmente fácil para ele, pois a Coreia do Norte já concluiu a criação de suas forças nucleares estratégicas. Isso significa que não precisa mais de testes", afirmou.
Assim, Pyongyang já possui um míssil com ogiva nuclear, portanto para ele não será complicado declarar a moratória para testes, indica especialista.
Ao mesmo tempo, para ele uma questão não está clara: "que concessões podem fazer os EUA?".