De acordo com ele, a embarcação naufragou devido a sérios problemas que o exército russo enfrentava naquela época.
"Após a desintegração da União Soviética, precisamos lidar com enormes dificuldades no campo econômico, social, e claro, tudo isso acabou afetando o exército", declarou o presidente no documentário "Putin" publicado nas redes sociais. O líder russo acrescentou que a tragédia do Kursk foi um "reflexo da condição em que se encontravam as Forças Armadas russas".
"O ministro da Defesa telefonou e informou que havíamos perdido um submarino, mas já o encontramos e começaremos em breve o trabalho. Não ficou claro que se tratava de algo trágico, depois, começaram os trabalhos em grande escala e tudo se revelou", recordou o líder russo.
Vladimir Putin acrescentou que, levando em consideração o estado em que se encontrava o exército russo, a tragédia "não o surpreendeu". Enquanto isso, ele enfatizou que a tragédia era gravíssima.
"É claro que isso não deve ser esquecido", afirmou.
"A conversa foi difícil, mas completamente honesta. Extremamente honesta e aberta. E claro, as pessoas perceberam e entenderam isso", contou Putin.
O líder da Rússia destacou que foi aconselhado a não tentar emergir o submarino, contudo, insistiu já que havia prometido fazê-lo.
O submarino nuclear Kursk da Classe Oscar-II afundou durante as manobras realizadas no mar de Barents em 12 de agosto de 2000, com uma tripulação de 118 marinheiros, todos eles morreram. Foi a maior tragédia subaquática da história.