O projeto de lei "Sobre o arrependimento", de acordo com Senchenko, abrangerá aqueles que realizam atividades a favor do "Estado-agressor", subentendendo a Rússia. Um dos artigos da lei prevê que tais "categorias" de moradores da Crimeia e Donbass reconheçam sua culpa, se arrependam e peçam desculpas pelos "crimes" cometidos.
Como alternativa à punição criminal, o senador propõe impor limitações aos "arrependidos" relativamente aos direitos civis, em particular, proibir-lhes ocuparem cargos administrativos na Ucrânia, participarem das eleições, entre outras.
Segundo explicou Senchenko, a medida é válida somente para os cidadãos da Crimeia e de Donbass, uma vez que eles "têm estado nos territórios controlados pelo agressor, sem proteção do governo e sobre impacto maciço da propaganda inimiga". "Pelas mesmas ações cometidas no interesse do agressor no território livre do país, um criminoso não pode ser perdoado", sublinhou o ator da iniciativa.
Como resultado do referendo realizado em 2014, no qual a maioria dos habitantes da Crimeia optou pela separação da Ucrânia, a península tornou-se a parte da Rússia. Apesar de várias acusações de ilegalidade da decisão, Moscou tem repetidamente declarado que o referendo na Crimeia foi realizado em plena conformidade com o direito internacional e a Carta da ONU. Quanto à Ucrânia, esta continua considerando a península como seu território.