'Consequências de um ataque dos EUA a forças governamentais sírias serão as mais graves'

© REUTERS / OMAR SANADIKISoldados russos em uma zona onde jornalistas estão à espera de um comboio regressando de Ghouta Oriental
Soldados russos em uma zona onde jornalistas estão à espera de um comboio regressando de Ghouta Oriental - Sputnik Brasil
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O ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov, declarou em uma coletiva de imprensa que as consequências de um possível ataque dos EUA às forças governamentais da Síria serão as mais graves.

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Na segunda-feira (12), na reunião do Conselho de Segurança da ONU, a representante norte-americana na organização, Nikki Haley, disse que Washington está pronto para novas ações na Síria "se for necessário". Ela lembrou que após o ataque químico na localização de Khan Shaykhun síria em 4 de abril de 2017, os EUA bombardearam a base aérea de Shayrat de onde, para Washington, as tropas sírias teriam efetuado ataque químico, porque o Conselho de Segurança "não conseguiu tomar as medidas".

Lavrov contou que após informações sobre o uso de sarin, em abril de 2017 em Khan Shaykhun, o secretário de Estado dos EUA, Rex Tillerson, telefonou para ele, pedindo para ter acesso ao local do acidente a fim de enviar especialistas. "Decidimos com Damasco em disponibilizar o acesso. Quando comunicamos a informação para Washington, eles disseram: 'Agradecemos, já não é preciso' e logo bombardearam o aeródromo", afirmou Lavrov.

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"Trata-se de uma informação que já repetimos várias vezes a nossos parceiros norte-americanos diretamente e através da mídia, mas que não é levada em consideração. Por isso, se acontecer mais um ataque subsequente, as consequências serão as mais graves. A senhora Haley deve entender que uma coisa é utilizar irresponsavelmente o microfone do Conselho de Segurança da ONU, e outra é quando militares, tanto russos como norte-americanos, criam canais de comunicação precisos do que se pode fazer e do que não se pode. E a coalizão norte-americana sabe isso perfeitamente", concluiu.

Segundo declarou mais cedo o chefe do Estado-Maior General da Rússia, general do exército Valery Gerasimov, o Ministério da Defesa russo está pronto para tomar medidas de retaliação contra um possível ataque de mísseis dos EUA a Damasco se os militares russos forem ameaçados. Ele acrescentou que as Forças Armadas vão aplicar medidas de retaliação tanto contra mísseis como contra seus utilizadores.

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