O artigo diz que o Pentágono planejava destinar seis milhões de dólares para desmilitarizar a instalação de Nukus.
"Desertores soviéticos e autoridades norte-americanas dizem que a fábrica de Nukus era o maior lugar de pesquisas e testes de uma nova classe de armas químicas secretas e de alta letalidade, chamadas 'Novichok', o que significa em russo 'novato'", sublinhou o jornal.
Segundo o New York Times, foi um dos cientistas do instituto, Vil Mirzayanov, quem afirmou pela primeira vez que a União Soviética produzia alegadamente armas químicas, violando as convenções internacionais.
A usina fora construída em 1986 propositadamente para testar a "arma química binária Novichok, desenvolvida para evitar ser detectada pelos inspetores internacionais".
Após ter se tornado independente da União Soviética, o então presidente do Uzbequistão, Islam Karimov, decidiu renunciar às armas de destruição em massa por se preocupar com a saúde da população e o meio-ambiente.
"Desde então, o seu governo tem trabalhado estreitamente com representantes da Defesa dos EUA, concedendo-lhes acesso a lugares aonde seus colegas russos ainda não são admitidos", diz o New York Times.
Em resposta, Moscou reiterou que não apenas interrompeu a produção do gás neurotóxico Novichok, alegadamente usado para envenenar Skripal, mas também destruiu todos os seus estoques, o que foi confirmado por observadores internacionais da Organização para a Proibição de Armas Químicas.
O ex-agente secreto russo Sergei Skripal e sua filha teriam sido envenenados por uma substância tóxica em Salisbury, em 4 de março. Moscou rejeita veementemente todas as acusações.