Frisa-se que a tripulação já realizara vários exercícios, em particular, manobras em zonas de intensa navegação e práticas de tiro contra alvos navais e aéreos com peças de artilharia e sistemas de mísseis Kalibr-NK.
Em uma entrevista ao serviço russo da Rádio Sputnik, o especialista do Centro de Jornalismo Militar e Político, Boris Rozhin, não descartou que a fragata possa ser usada para combater os terroristas na Síria.
"O grupo naval russo no Mediterrâneo continua efetuando um vasto leque de operações, em primeiro lugar relacionados com o apoio à aviação russa e exército sírio no território da Síria. Por isso, nos próximos dias ou ao longo da semana, devemos esperar lançamentos de mísseis no leste do Mediterrâneo. Os mísseis serão usados contra os militantes: quer contra os restos dos grupos que ainda permanecem no leste da Síria, quer contra os militantes da Frente al-Nusra [organização terrorista proibida na Rússia] em Idlib ou Ghouta Oriental", explicou.
Rozhin adiantou que estes mísseis, primeiro, prestarão assistência ao exército sírio, e, segundo, podem contribuir para testar algumas características técnicas ligadas à modernização da produção de mísseis.
O Admiral Essen é o segundo navio do projeto 11356 (primeiro foi o Admiral Grigorovytch), tendo sido batizado em homenagem ao almirante Nikolai Ottovich von Essen, que comandou a Frota Russa do Mar Báltico no início do século XX.
Os navios desta série têm um deslocamento de cerca de 4.000 toneladas, a velocidade de 30 nós e uma autonomia de 30 dias. Ademais, o Admiral Essen é equipado com mísseis de cruzeiro Kalibr, com o sistema de defesa antiaérea Shtil-1, baterias de artilharia de calibre 100 mm, entre outros.