Segundo foi publicado na revista Nature em 13 de março, a equipe de pesquisadores, dirigida por Dennis Voeten (do complexo European Synchrotron Radiation Facility — ESRF na sigla em inglês), deu a resposta com ajuda da análise inovadora dos fósseis do Archaeopteryx, de outros dinossauros voadores e de quase uma dezena de aves modernas. O animal voava tanto para fugir de predadores como para cruzar obstáculos.
Os resultados evidenciaram que "este dinossauro carecia de ligamentos na cintura peitoral que são encontrados nas aves modernas, por isso o tipo de voo ativo que o caracterizava devia ser diferente", lê-se no estudo. Por isso o seu voo era mais parecido com o de uma galinha do que o de uma ave de rapina. Para os cientistas, este animal era capaz de voar entre 20 e 1.500 metros.
Para analisar o tipo de voo do Archaeopteryx, cientistas usaram uma máquina potente de raios X chamada síncrontron, examinando os ossos dos membros superiores de três dos 11 fósseis de Archaeopteryx. "Em comparação com os métodos convencionais, o síncrontron pode detectar pequenas diferenças na densidade dos ossos, incluindo nas partes mais externas, o que é essencial para determinar capacidade de voar", explica-se no artigo da revista Nature.
Quando os pesquisadores compararam as medidas com as de ossos e membros superiores de outras espécies de dinossauros voadores e aves modernas, descobriram que a densidade dos ossos do Archaeopteryx era tão fina que, sem dúvida, ele podia pairar.