Sob os gritos de "Marielle presente", os manifestantes protestam contra a intervenção Federal no Rio de Janeiro, a polícia militar e pedem por justiça.
"É muito difícil estar aqui hoje. Parece que estou revivendo as minhas aulas de história, lembrando de mortos políticos e tentando pensar como as pessoas naquela época conseguiam lidar com aquilo. Está sendo muito difícil e complicado", disse a jovem de 22 anos, que continua:
"Parece que mataram alguém da minha família mesmo. Mesmo a Marielle não sendo da minha família, ela era uma irmã de cor, de luta, de batalha, e a gente vai lutar mais forte por ela e com ela, de alguma forma".
A produtora Thalita Cairrão segue na mesma linha e fala de dar continuidade ao protesto defendido pela vereadora do PSOL, Marielle Franco.
"Eu resolvi vir porque eu sabia que eu não ia só ser consolada, mas eu iria consolar também. Por isso eu estou aqui. Porque, como foi muito dito, nós somos Marielle. Não como a hashtag, mas todas nós temos um pouco dela dentro da gente, como mulher, como preta, como lésbica, como tudo".
Logo após a vigília, a multidão segue em manifestação em direção a Assembleia Legislativa do estado para se encontrar com outras pessoas que estão se concentrando lá. Em seguida, a manifestação sairá em caminhada pelo centro da cidade.
Marielle tinha acabado de sair de um debate sobre mulheres e negras e juventude no bairro da Lapa, região central, quando a caminho de casa foi atingida por vários disparos. A principal linha de investigação é de que se trata de uma execução.