Marielle denunciava a violência policial nas favelas. Os protestos contra a morte de Marielle reúnem milhares de pessoas em várias cidades do Brasil.
A vereadora foi assassinada "durante um episódio com claros sinais mafiosos", disse o jornalista argentino Darío Pignotti à Sputnik Mundo, acrescentando que o assassinato provocou um "choque extraordinário no país e em diferentes cidades do mundo".
Segundo Pignotti, as consequências podem ser nefastas para o presidente Michel Temer, que há poucas semanas ordenou militarizar o Rio de Janeiro. "Este assassinato é um tiro para a própria militarização do país", opinou o especialista. A partir da militarização do Rio de Janeiro, da nomeação do general Walter Souza Braga Netto como interventor dessa cidade e do assassinato de Marielle Franco se "abre uma nova crise para o governo anômalo de Temer, que já por si mesmo é fraco".
"Isso nos faz entender aqueles que dizem que o Brasil deixou de ser uma democracia, pelo menos no sentido clássico, devido à presença das forças militares", concluiu Pignotti.
Marielle Franco foi assassinada a tiros na quarta-feira (15), no Centro da cidade, após participar de um evento chamado "Jovens Negras Movendo as Estruturas". A principal linha de acusação da polícia é execução.