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Assassinato de Marielle é um tiro para a própria militarização do país, diz especialista

© Foto / Renan Olaz/Divulgação/ Câmara Municipal do Rio de JaneiroMarielle Franco, vereadora pelo PSOL, assassinada na noite do dia 14 de março
Marielle Franco, vereadora pelo PSOL, assassinada na noite do dia 14 de março - Sputnik Brasil
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Todo o Brasil está chocado com o assassinato de Marielle Franco, vereadora do PSOL, no Rio de Janeiro, estado militarizado por ordem do presidente Michel Temer.

Marielle denunciava a violência policial nas favelas. Os protestos contra a morte de Marielle reúnem milhares de pessoas em várias cidades do Brasil.

A vereadora foi assassinada "durante um episódio com claros sinais mafiosos", disse o jornalista argentino Darío Pignotti à Sputnik Mundo, acrescentando que o assassinato provocou um "choque extraordinário no país e em diferentes cidades do mundo". 

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A jovem socióloga era oriunda de uma favela e mantinha um "forte enraizamento na comunidade, o que lhe permitiu ser a quinta vereadora mais votada nas últimas eleições".

Segundo Pignotti, as consequências podem ser nefastas para o presidente Michel Temer, que há poucas semanas ordenou militarizar o Rio de Janeiro. "Este assassinato é um tiro para a própria militarização do país", opinou o especialista. A partir da militarização do Rio de Janeiro, da nomeação do general Walter Souza Braga Netto como interventor dessa cidade e do assassinato de Marielle Franco se "abre uma nova crise para o governo anômalo de Temer, que já por si mesmo é fraco".

"Isso nos faz entender aqueles que dizem que o Brasil deixou de ser uma democracia, pelo menos no sentido clássico, devido à presença das forças militares", concluiu Pignotti.

Marielle Franco foi assassinada a tiros na quarta-feira (15), no Centro da cidade, após participar de um evento chamado "Jovens Negras Movendo as Estruturas". A principal linha de acusação da polícia é execução.

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