De acordo com o comunicado, tomando em consideração a disparidade no pessoal dos consulados dos dois países, a Rússia também retira seu aval para a abertura e funcionamento do Consulado Geral do Reino Unido em São Petersburgo.
Os respectivos procedimentos serão efetuados em conformidade com os padrões do direito internacional, adiantou o ministério. Para mais, a chancelaria advertiu Londres de que, caso esta promova outras ações hostis em relação à Rússia, ela mantém o direito de introduzir outras medidas de retaliação.
As relações russo-britânicas se agravaram na sequência do envenenamento do ex-espião russo Sergei Skripal e sua filha Yulia. Em 4 de março, eles foram achados inconscientes perto de um shopping em Salisbury, no Reino Unido. De acordo com a polícia, eles foram envenenados com um gás neurotóxico, batizado de Novichok, alegadamente produzido na Rússia.
Em 12 de março, a premiê britânica, Theresa May, acusou a Rússia de estar envolvida no crime, tendo anunciado a expulsão de 23 diplomatas russos e a suspensão de todos os contatos de alto nível.
Moscou, por sua vez, descarta qualquer relação com o crime, enquanto o chanceler russo, Sergei Lavrov, qualificou todas as acusações como "besteira". A Rússia apela a realizar uma investigação conjunta do incidente em Salisbury. Além disso, o Comitê de Instrução russo, por seu turno, iniciou um processo penal relativo ao atentado contra a vida da cidadã russa Yulia Skripal.