"Uma direção importante do trabalho das autoridades sírias é devolver às pessoas as áreas orientais da província de Deir ez-Zor que são controladas por grupos pró-americanos das assim chamadas Forças Democráticas da Síria (FDS). Os destacamentos do exército dos EUA que estão na área reagem à recuperação por parte das instituições governamentais sírias", diz o comunicado do ministério russo.
Como destacou a entidade militar russa, os sírios não podem voltar à margem oriental do rio Eufrates devido a ausência de passagens, destruídas pela coalizão liderada pelos EUA.
Para além disso, o Ministério da Defesa russo acusou os EUA de terem impedido a entrada de organizações humanitárias e missões da ONU em Raqqa para avaliar escala da catástrofe humanitária.
"Debaixo dos destroços estão milhares de corpos de civis e militantes mortos nos bombardeiros da coalizão dos EUA. Os corpos não foram retirados e estão em estado de decomposição. Na cidade foram registrados surtos de doenças infeciosas que, com chegada do calor, podem resultar em epidemias", sublinharam no Ministério da Defesa.
Mais cedo o representante oficial do Ministério da Defesa russo, Igor Konashenkov, havia declarado que as áreas da Síria controlados pela coalizão dos EUA e destacamentos de grupos armados chefiados por esta, estão em difícil situação humanitária enquanto os próprios bairros viraram "buracos negros", cujo estado "não é de maneira nenhuma transparente nem para o governo sírio, nem para os observadores estrangeiros".