Neste sábado (17), o embaixador do Reino Unido na Rússia, Laurie Bristow, foi convocado para o Ministério das Relações Exteriores da Rússia.
"Em caso de ações mais hostis contra a Rússia, o lado russo reserva-se o direito de tomar mais medidas de retaliação — é o que o embaixador britânico disse no sábado", disse Yakovenko ao jornal Mail neste sábado (17).
"A Carta da ONU proíbe a ameaça ou o uso da força — esta é uma obrigação tanto para a Rússia como para o Reino Unido. […] Enquanto a Rússia é construtiva, os deputados e meios de comunicação britânicos, e com implícita conivência do Estado, estão sugerindo ciberataques contra a Rússia. Você não ouvirá esse tipo de coisa em Moscou", disse Yakovenko.
Na terça-feira (13), o jornal britânico The Times informou, citando uma fonte de gabinete britânico de alto escalão, que o governo do Reino Unido poderia considerar a possibilidade de organizar um ciberataque secreto contra a Rússia com o uso de software de hacking.
As relações entre Moscou e Londres se deterioraram no início de março depois que o ex-oficial de inteligência russo Sergei Skripal e sua filha foram encontrados inconscientes em um centro comercial na cidade de Salisbury.
Neste sábado (17), a Rússia anunciou medidas de retaliação contra o Reino Unido, declarando 23 funcionários da Embaixada do Reino Unido em Moscou personae non gratae em resposta ao movimento de Londres. O ministério também revogou seu acordo sobre abertura e operação do Consulado Geral do Reino Unido na cidade russa de São Petersburgo, de acordo com o comunicado. Além disso, foi tomada uma decisão para encerrar as atividades do British Council na Rússia, já que seu "status legal não foi determinado".