"Vimos como estes países tentaram fomentar a guerra na Ucrânia, atacando assim a Rússia. Várias vezes tentaram expulsar a Rússia da Síria, aplicando sanções, criando listas de sanções. Tentaram influenciar a Rússia através do Conselho da Segurança da ONU, por exemplo, levantando a questão das armas químicas, mas eles nem conseguiram realizar uma investigação objetiva sobre o assunto", frisou Basam Rajam.
Para o analista, o ataque contra a Rússia é coordenado a partir dos EUA. O envenenamento de Sergei Skripal, no qual Moscou não tinha qualquer interesse, e toda a onda informativa que surgiu em torno do assunto, está fora da política, é uma pressão aberta contra a Rússia por suas vitórias na Síria.
"Acredito que o envenenamento de Skripal foi organizado pela inteligência dos EUA e Reino Unido, e Donald Trump sabia disso. Chego a esta conclusão analisando para quem este atentado pode ser benéfico. Eles podem tirar proveito de acusar a Rússia. Os EUA e Reino Unido querem minar as posições da Rússia no Conselho de Segurança da ONU", disse Rajam.
Por sua vez, o jornalista Andrei Ontikov acredita "que as acusações contra a Rússia estão realmente relacionadas com sua posição sobre a Síria, pois Moscou não deixou que os países ocidentais derrubassem o governo sírio. Outra razão importante para a agressão por parte dos países ocidentais é a reunificação da Crimeia com a Rússia", destacou.
Ele acrescentou que os estadunidenses buscam retornar ao modelo de mundo unipolar, só que, depois de a Rússia ter começado a atuar na Síria, a política mundial virou multipolar. Fica claro que os EUA não estão contentes com este fato, porque isso os impede de alcançar seus próprios interesses, resumiu.