Enquanto Abe nega as irregularidades, os parlamentares querem que a esposa dele, Akie Abe, seja convocada a testemunhar sobre o caso. Denunciado há mais de um ano, o esquema está relacionado à venda de terrenos estatais para a rede de escolas Moritomo Gakuen, em Osaka. Akie teria facilitado o negócio, fechado por um sétimo do valor estimado. A primeira-dama se justifica dizendo que apoia a "filosofia ultranacionacionalista" ensinada pelo grupo de educação.
O caso voltou a fazer barulho depois do Ministério das Finanças japonês ter constatado que referências a Akie Abe foram apagadas dos documentos constantes no acordo de venda. Sob pressão, a aprovação de Shinzo Abe despencou a 30%, o menor nível desde a posse dele em 2012.
O premiê anunciou, em resposta, que a primeira-dama se afastará de todas as suas posições honorárias. Porém, testemunhar ao Parlamento está fora de questão, ao menos por enquanto.