"A história da formação desse supervulcão, localizado dentro da placa tetônica, tem provocado já há muito tempo debates calorosos entre os cientistas. Alguns especialistas acreditam que ele surgiu por causa da pluma, enquanto seus oponentes acreditam que ele nasceu em resultado de processos ainda desconhecidos que ocorreram nas camadas altas do manto terrestre", escrevem os autores da pesquisa na revista Nature Geoscience.
Há certos receios ligados ao fato de o vulcão Yellowstone, atualmente adormecido, poder entrar em erupção depois de 630 mil anos de "sono" e que a erupção poderia atingir centenas de quilômetros nos EUA.
No entanto, até o momento os especialistas não conseguiram encontrar a fonte de lava ou magma desse supervulcão. O que, por sua vez, fez os geólogos procurar as possíveis razões para o surgimento de um vulcão gigantesco nessa parte dos EUA.
Mas geólogos da Universidade do Texas (EUA), Peter L. Nelson e Stephen P. Grand, abriram recentemente um novo capítulo na discussão. Eles descobriram que debaixo de Yellowstone encontra-se uma "fonte" de magma líquido e extremamente quente que sobe rapidamente para a superfície da Terra desde seu núcleo.
No decurso da sua pesquisa os geólogos criaram um mapa tridimensional da área subterrânea debaixo do supervulcão usando sismógrafos USArray e entenderam como se movem os fluxos de magma e como ele sobe para a superfície.
Segundo mostram os resultados recebidos, debaixo de Yellowstone localiza-se um "tubo" de magma estreito e direito que desce por 2,7-3 quilômetros até à profundeza terrestre. Além disso, as estimativas científicas mostram que ele surgiu em resultado de uma pluma.
Vale ressaltar que, por um lado, a nova descoberta não permite predizer quando ocorrerá a próxima erupção do vulcão e não a torna mais provável, segundo indicam os próprios geólogos. Mas, por outro lado, a observação posterior do comportamento da pluma permitirá saber com antecedência que o supervulcão começou a despertar.